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Cratera pode fechar BR-324 |
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16/06/2006 |
SALVADOR - Um grande deslizamento de terra em conseqüência das últimas chuvas provocou a interdição parcial da rodovia BR-324, na altura do Km 604, próximo ao município de Simões Filho. O barranco cedeu, abrindo uma "cratera" de cerca de grande profundidade do lado direito da via, no sentido Feira de Santana-Salvador. A PRF isolou o local, mas o tráfego continua liberado na pista da esquerda. Os engenheiros do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) aguardam o fim do mau tempo para apresentar um estudo técnico sobre a extensão dos danos. De acordo com o superintendente da PRF, Antônio Jorge Azevedo, o estado da rodovia é crítico. “A pista corre risco de ceder. Os engenheiros ainda estão fazendo a avaliação, junto com o pessoal do Dnit, mas a estrada está realmente perigosa de se trafegar”, afirmou.
Para evitar grandes congestionamentos durante o São João, a PRF anunciou que está abrindo um desvio por cima do canteiro central, para afastar os veículos o máximo possível do barranco. O desvio vai ser asfaltado, mas a intervenção deve causar muitos transtornos para quem pretende deixar a cidade durante o feriado.
A proximidade das festas juninas é a grande preocupação do superintendente: “No domingo, cerca de 120 mil veículos devem retornar a Salvador através da BR-324. Estamos correndo contra o tempo para asfaltar o canteiro central antes dessa data, já que o São João é um dos feriados de mais movimento nas estradas baianas”, explicou o superintendente.
O problema teve início há 20 dias, quando parte do morro não resistiu à força das chuvas e cedeu. A pista foi interditada parcialmente, mas, como as chuvas persistiram durante a última semana, o barranco acabou deslizando, levando junto a vegetação e parte da estrutura asfáltica. Toneladas de terra e detritos já foram retirados da base da rodovia, mas o perigo agora são os novos deslizamentos que podem ocorrer se continuar chovendo. Como o laudo técnico ainda não foi apresentado, não está descartada a possibilidade de interdição total da pista.
A solução, entretanto, depende das condições climáticas: “Conversei com o diretor do Dnit e ele está dependendo também de uma estiagem para poder resolver esse problema”, disse. Azevedo faz um balanço: “A Bahia possui a maior malha rodoviária do país, são 6 mil 516 km de rodovias federais. Só que o trecho da BR-324 entre Feira de Santana e Salvador é onde ocorre o maior número de acidentes, 20%, porque todo o fluxo converge para a capital. É um funil, por isso, estamos tentando solucionar o mais breve possível o problema para evitar maiores transtornos”, explicou.
Fonte:
Tribuna da Bahia
16/6/2006 |
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