Prefeitura remodela anéis viários no centro
 
22/06/2006
SÃO PAULO - A Prefeitura está prestes a lançar dois editais de licitação que prometem melhorar o trânsito no centro da cidade, aumentando a velocidade e fluidez. A idéia é atacar em dois anéis viários na região central: a rótula, de cerca de 5 quilômetros de extensão, e a contra-rótula, um anel externo com 9 km. Além de obras que vão remodelar as avenidas, com redefinição que vai da geometria da rua até a remodelação das calçadas, a Secretaria Municipal dos Transportes vai adotar sistemas de câmeras e semáforos inteligentes. As obras vão custar R$ 62,5 milhões aos cofres públicos. Em julho, a secretaria publica as regras para remodelar as avenidas e ruas que fazem parte do chamado arco norte da contra-rótula, um trecho que vai da Avenida do Estado até a Duque de Caxias, passando pela região da Luz. As obras incluem revisão da geometria das vias - traçado, largura, curvatura -, reforma de calçadas, tratamento de pontos de ônibus, pavimentação, entre outras ações. "Elegemos esse trecho porque é onde as coordenadas do sistema viário estão mais indefinidas", diz o secretário dos Transportes, Frederico Bussinger. Só essa parte da obra vai custar R$ 25,5 milhões. O edital mais caro será lançado em setembro e refere-se ao monitoramento eletrônico - instalação de cabos, câmeras e semáforos inteligentes. Esses equipamentos custarão R$ 37 milhões. "O novo sistema semafórico mede a demanda e a velocidade de circulação e ajusta isso no computador de forma que você só pegue o farol verde", diz o secretário. A intenção é começar as obras no segundo semestre, mas depende do andamento do certame. Uma vez definidos os ganhadores, cada processo deve demorar, no máximo, 18 meses. Mas, garante Bussinger, as melhorias devem ser sentidas antes, com a instalação dos primeiros semáforos inteligentes. "Vai melhorar a fluidez, a segurança e o trânsito nessa região, que tem uma das velocidades mais lentas da cidade, beneficiando quem anda de carro e de ônibus." O plano da rótula e da contra-rótula foi concebido há cerca de quatro anos, no Projeto Ação Centro, e tinha como principal característica dotar esses anéis de corredores de ônibus. O projeto sofreu modificações na atual gestão e, agora, também dá prioridade ao trânsito. Com isso, os ônibus deixam de ter faixas segregadas nos anéis. Só haverá vias exclusivas em alguns trechos. "Se colocássemos as faixas segregadas e pontos de ônibus nos canteiros centrais, mataríamos o comércio do centro", diz o vice-presidente da Emurb, Geraldo Biasoto Júnior. O plano original previa começar as obras pelas vias da rótula. "Mas atrasou e o metrô começou a Linha 4. Se mantivéssemos o plano original, o centro viraria um enorme canteiro de obras prejudicando a circulação", diz Bussinger. Fonte: O Estado de S. Paulo 22/6/2006