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Preço de pedágio cai em 13 praças de SP |
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22/06/2006 |
Entre as estradas que sofrerão queda na tarifa estão algumas das mais movimentadas, como nos sistemas Anchieta-Imigrantes e Anhangüera-Bandeirantes e na Castello Branco. As demais 67 praças de pedágio sob concessão terão seus valores mantidos, assim como os pontos de cobrança das rodovias gerenciadas pelo governo -como na Ayrton Senna/ Carvalho Pinto e na D. Pedro 1º.
A redução dos preços dos pedágios é algo inédito nos atuais contratos de concessão, válidos a partir de 1998 e que são alvo constante de críticas por terem quase triplicado a quantidade de pontos de cobrança. Ela foi motivada pela queda de 0,33% do IGP-M acumulado ao longo de 12 meses. Esse indicador -a cargo da FGV (Fundação Getúlio Vargas)- é a base para os reajustes dos contratos com as concessionárias.
Nas últimas duas semanas, técnicos da Artesp (agência estadual que regula as concessões de rodovias) fizeram os arredondamentos para definir os valores exatos dos pedágios.
Como a variação é pequena e, por contrato, não pode haver números quebrados, só 13 dos 80 terão reduções, modificando a tarifa para 53% dos veículos que circulam por mês na malha sob concessão.
A maior queda, devido aos arredondamentos, será de 5,6%, num pedágio da rodovia Wilson Finardi, em Rio Claro (175 km de SP), a cargo da Intervias, que cai de R$ 1,80 para R$ 1,70.
No sistema Anchieta-Imigrantes, a tarifa principal, que é a mais cara do Estado, vai ser reduzida de R$ 14,80 para R$ 14,60. Na Bandeirantes, a praça do km 77,4, em Itupeva, cai de R$ 5,10 para R$ 5,00. Um dos pontos com redução na Castello será no km 33, em Itapevi -de R$ 9,40 para R$ 9,20. Os números foram avalizados pela gestão Cláudio Lembo (PFL) no começo da semana.
Segundo Ulisses Carraro, diretor-geral da Artesp, a tarifa das marginais da Castello será mantida no valor atual -R$ 5,40- e haverá continuidade do programa de descontos para os usuários do sistema Sem Parar (que têm uma tarjeta eletrônica no pára-brisa do carro).
A manutenção ou redução dos pedágios às vésperas do período de eleições, embora não seja algo proposital, é favorável aos tucanos, já que a elevação da quantidade de praças e dos valores é um tema sempre atacado por adversários do PSDB.
Nos últimos oito anos, a elevação da tarifa de pedágio pelos governos Covas/Alckmin, com base no IGP-M, foi bem acima da maioria dos demais índices de inflação. O reajuste beirou 140%, ante uma elevação de 82% do IPCA, índice oficial de inflação do governo federal. O Estado cogitou mudar os critérios de reajuste, algo que, segundo Ulisses Carraro, hoje é descartado. "Não adianta trocar hoje para, daqui a dois anos, ser uma realidade diferente."
Nas últimas eleições, Alckmin prometeu retirar alguns postos de pedágio de pista simples, mas excluiu somente um. Hoje a retirada de praças é descartada pela Artesp. "Acho um retrocesso pensar algo assim", diz Carraro. Ele afirma que, pelo balanço social das concessões, a cada R$ 1 pago de pedágio, os motoristas recebem R$ 1,84 em benefícios, como redução de acidentes de trânsito.
Fonte:
Folha de S. Paulo
22/6/2006 |
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