Entidades pedem o adiamento de exigência.
 
26/06/2006
SÃO PAULO - No próximo dia 1º de julho passará a ter plena vigência a Resolução nº 160 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que dispõe sobre sinalização viária, inclusive equipamentos de sinalização temporária, como são os novos cones (na cor branca e laranja, e mais pesados do que os utilizados atualmente), que são obrigatórios (em número de quatro, por veículo) em caminhões que transportam produtos perigosos. A NTC&Logística, juntamente com a Fetcesp, o Setcesp e a ABTLP, vem realizando gestões no sentido de obter um prazo maior para que as empresas façam esta substituição, tendo em vista os custos envolvidos e, principalmente, a notória incapacidade dos fornecedores desses cones de atenderem à demanda que será gerada nos próximos dias, caso não ocorra o adiamento. São mais de 100 mil caminhões que realizam o transporte de produtos perigosos em todo o país, o que significaria a compra de cerca de 400 mil cones, a R$ 50,00 cada um, ou mais, representando um desembolso pelas empresas e autônomos de, no mínimo, R$ 20 milhões. Segundo o presidente da NTC&Logística, Geraldo Vianna, “nem o setor tem disponibilidade para realizar este investimento em prazo tão curto nem os fornecedores têm capacidade de atender a esta demanda, a não ser em condições absolutamente desfavoráveis para os transportadores, com a oferta de produtos inadequados a preços exorbitantes, já que o ágio é inevitável numa situação assim”. Em situação parecida encontram-se os órgãos e empresas que operam as rodovias brasileiras, diante da necessidade de substituir, de uma só vez, uma imensa quantidade de placas de sinalização. Eles também reivindicam o adiamento da vigência da Resolução do Contran e a possibilidade de realizarem a substituição paulatina das placas, na medida do sucateamento natural das atuais. A matéria deverá ser discutida na reunião do órgão que se realizará no próximo dia 30 de junho, em Brasília. Fonte: NTC Noticias 26/6/2006