SÃO PAULO - Infra-estrutura do transporte nos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário. Este foi o tema central do seminário promovido na sexta-feira (30), no Palácio dos Transportes, em São Paulo, pela Fetcesp (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo).
O encontro teve como participantes os militares do curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército (CPEAX), da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro (ECEME).
As exposições sobre o tema foram feitas pelo presidente Geraldo Vianna, Rodrigo Vilaça (diretor executivo da ANTF, que reúne os transportadores ferroviários) e André Zanin, diretor executivo da Fenamar, que representa as agências de navegação marítima.
O evento foi aberto pelo presidente da Fetcesp e também da Seção Cargas da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Flávio Benatti. Em seguida, Vilaça considerou que a situação do transporte ferroviário vem apresentação significativa melhoria nos últimos anos, com queda nos índices de acidentes, crescimento do faturamento bem como na produção de vagões e do número de empregos, além dos investimentos privados e uso de contêineres. Aproveitou a oportunidade para destacar a importância da intermodalidade para o aumento a eficiência no transporte de cargas.
No que se refere ao transporte aquaviário, Zanin expôs os principais gargalos logísticas, considerou este modal um elo importante na cadeia logística e aproveitou para destacar o papel do agente marítimo.
Encerrando os debates, Vianna apresentou um panorama do que ocorre no transporte rodoviário de cargas, destacando desde a situação da malha rodoviária do país até a situação em que se encontram as transportadoras. Lembrou que 76% da malha permanecem em condições deficientes para o tráfego, conforme aponta uma pesquisa da CNT; a avançada idade média da frota brasileira de caminhões e o governo não tem um programa de financiamento que contemple a retirada de veículos velhos de circulação; e a descapitalização das empresas em função dos baixos fretes praticados no mercado - o frete no Brasil corresponde a 1/3 do cobrado no mercado americano.
Fonte:
NTC Noticias
3/7/2006