VITÓRIA - Espírito Santo vive momento intenso de implementação de avanços em sua malha logística. O porto seco instalado no início deste mês em Colatina, em funcionamento desde a inauguração do Terminal Ferroviário de Carga, não será por muito tempo o único empreendimento do gênero no território capixaba. O Sul do Estado quer o mesmo tipo de equipamento competitivo, já instalado no Norte. A sempre economicamente estratégica Cachoeiro de Itapemirim foi eleita a localização ideal para um novo porto seco capixaba, isto é, um terminal alfandegado.
Articulações nesse sentido, já intensas, estão sendo capitaneadas pelo Sindirochas e pelo Centro de Exportações de Rochas. Contam com apoio do governo estadual.
Ferrovias - A expansão dos canais provedores de logística está mesmo na pauta do dia no Espírito Santo. A Ferrovia Litorânea Sul, com os seus 165 quilômetros ligando Flexal, em Cariacica, a Cachoeiro de Itapemirim, está sendo implementada para inauguração em 2009. Mas, a região acima do Rio Doce, também almeja projeto de tamanha importância. E o reivindica com legitimidade, em função do cenário econômico. Assim, o governo do Estado e a iniciativa privada já aceleram entendimentos com vistas a uma possível implantação da Ferrovia Litorânea Norte. É um proposta antiga. Mas nunca encontrou, como agora, clima tão favorável à sua realização.
Parceria - A parte que compete aos capixabas - governo do Estado, prefeituras e iniciativa privada -, vem sem tocada proficuamente para consolidar situação de excelência logística. Falta o governo federal cumprir melhor o papel que lhe cabe. Será lamentável qualquer novo atraso nas obras de modernização e ampliação do aeroporto de Vitória.
Fluxo apertado - No modal marítimo, atores econômicos dispostos a investir estão cansados de esperar definição sobre novas utilizações da área portuária de Barra do Riacho. Também aguarda-se a resolução para o trecho ferroviário na Serra do Tigre, em Minas Gerais. É um ponto de estrangulamento no fluxo das mercadorias que alimentam os portos do Espírito Santo.
Fonte:
A Gazeta
3/7/2006