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Greve pode parar porto na segunda quinzena |
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10/07/2006 |
SANTOS - O porto de Santos poderá ter as atividades paralisadas na segunda quinzena deste mês, conforme deliberação dos dez sindicatos portuários de avulsos, aprovada na última sexta-feira em reunião convocada para debater a questão da multifuncionalidade. A escala eletrônica dos trabalhadores acabou prevalecendo na pauta e os sindicalistas elaboraram calendário de atividades que culminará com a paralisação dos serviços caso os trabalhadores não consigam negociar diversas reivindicações.
Os sindicalistas querem uma reunião com o procurador Ronaldo Curado Fleury, do Ministério Público do Trabalho (MPT), e outra com o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado, Mauro Salgado, para tratar de problemas relacionados à escala eletrônica.
Para isso, mandaram ofícios ao procurador do MPT, na sexta-feira, e a Mauro Salgado, na última terça-feira. Ao primeiro, solicitam reunião urgente sobre a escala, quando pretendem relatar detalhadamente seus pontos negativos. Ao segundo, reivindicam pagamento pelo tempo que os trabalhadores ficam à disposição da escala, muitas vezes sem engajamento.
Nova reunião - A agenda prevê nova reunião dos representantes dos dez sindicatos, na próxima sexta-feira, para marcação de assembléias individuais. Depois, acontecerá uma assembléia conjunta, inicialmente prevista para os dias 17 e 18, quando a forma de paralisação será debatida caso não surjam entendimentos com Fleury e Salgado.
O presidente do Sindicato dos Estivadores e o vice dos operários (Sintraport), Rodnei Oliveira da Silva e Ronaldo Lima de Araújo, o Bola, anunciaram na reunião da última sexta-feira que suas categorias, as duas maiores do porto, decidiram não se apresentar para os treinamentos e habilitações do Órgão Gestor de Mão-de-obra (Ogmo) referentes à escala.
Os operários, junto com os trabalhadores do bloco, serão os penúltimos com engajamento na escala eletrônica, previsto para 1º de agosto. Os estivadores, em 15 de agosto, serão os últimos. Mas Rodnei e Bola prevêem que isso não ocorrerá.
‘‘Até os escalões superiores e médios do Ogmo sabem que o órgão não está pronto para a escala das duas maiores categorias’’, disse Rodnei. Nem os crachás com tipo sanguíneo do pessoal, conforme prometeu Ronaldo Fleury, no começo de maio, foram distribuídos’’, completou o líder dos estivadores.
Fonte:
A Tribuna
10/7/2006 |
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