Governo libera R$ 275 mi para sinalização
 
11/07/2006
SÃO PAULO - Seis meses após lançar o operação tapa-buraco, o governo federal anunciou na sexta-feira investimento de R$ 275,3 milhões para melhorar a sinalização das estradas brasileiras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do lançamento do programa, mas para evitar problemas com a Justiça Eleitoral, foi ao evento como espectador e falou pouco. O programa de melhoria da sinalização deve beneficiar até 48 mil quilômetros em 26 estados e no Distrito Federal. As primeiras ações começam em 17 de julho e o Ministério dos Transportes promete terminar o ano com pelo menos 50% dos serviços executados. Além de placas, serão instalados dispositivos de segurança, como faixas, tachas e painéis eletrônicos. Antes de lançar o chamado ´Pro-sinal´, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, fez um balanço para o presidente Lula da operação tapa-buraco. Os números mostram que o programa executou 78,3% das obras previstas até 29 de junho. Alguns dos dados apresentados, contudo, já eram conhecidos. Visivelmente desconfortável com dores no pescoço, Lula deixou a platéia e foi ao palco apenas ao final do evento. A cerimônia foi cercada de cuidados para evitar qualquer problema eleitoral. Na agenda do presidente e no discurso de Passos, o evento foi tratado como uma ´reunião de trabalho´. A tal reunião aconteceu no auditório do Departamento de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), que estava lotado com 500 pessoas, algumas em pé. No discurso, Lula lembrou das críticas que recebeu ao lançar o tapa-buracos, no início do ano. ´Não sei quem foi que falou, mas o Programa Emergencial virou tapa-buraco´, reclamou. Disse, ainda, que a qualidade do trabalho feito pelo DNIT será colocado à prova quando começar o período de chuvas. Após a reunião, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, rebateu as críticas pela indicação de nomes do PMDB para os Correios. ´Não vemos nenhum problema. Estão querendo construir um problema que não existe´, disse a ministra, que avalia que há tentativa de ´descontruir profissionais sérios´. Para Dilma, a causa real da reação às indicações é a disputa partidária. Fonte: InvestNews 11/7/2006