Movimentação de cargas cresce 23,8% no 1º semestre
 
13/07/2006
RECIFE - No primeiro semestre de 2006, as cargas de cabotagem tiveram uma movimentação, nos portos pernambucanos, 23,8% maior que no mesmo período do ano passado, atingindo um patamar de 1,87 milhão de toneladas em relação ao 1,51 milhão do primeiro semestre de 2005. As de longo curso, no entanto, cresceram apenas 1,6%, passando de 1,86 milhão de toneladas para 1,89 milhão. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, os resultados de longo curso sofreram influência da queda de 10,5% nas exportações (de 882,3 mil toneladas para 789 mil). A retração foi sentida mais no Porto do Recife, que é o canal de saída do principal produto de exportação do Estado, o açúcar. Os embarques para o mercado externo caíram 36,4%, de 642,9 mil toneladas para 408,7 mil. Em Suape, que tem como destaque a cabotagem, o salto foi de 58,9% (239,3 mil toneladas para 380,3 mil). Com relação às importações, o Porto do Recife registrou alta de 12,6%, de 979,4 mil toneladas para 1,1 milhão e, em Suape, a alta foi de 41%. Em Suape, as cargas de exportação de destaque foram os granéis líquidos. O álcool totalizou remessas de 78,1 mil toneladas e o vinil acetato, de 4,9 mil toneladas. Já as peças computaram um volume de 50,1 mil toneladas embarcadas. Nas importações, os granéis líquidos também foram os principais responsáveis pelo resultado, com destaque para o GLP (107,3 mil toneladas), óleo de soja (14,6 mil), ácido acético (12,3 mil), mono-etileno-glicol (8,1 mil toneladas) e butadieno (3,1 mil toneladas). Na carga geral, tiveram maior peso no resultado a carga conteneirizada (313,6 mil), escória (63,6 mil) e peças (45,297 mil). No Porto do Recife, o principal produto exportado, o açúcar, registrou queda expressiva. O açúcar em sacos teve a retração mais intensa, de 62,8%, somando 42,1 mil toneladas. O açúcar a granel (213,4 mil toneladas) teve queda de 37,1%. Também caiu a movimentação de clínquer (matéria-prima da indústria cimenteira), com variação negativa de 34,5%, somando 81,9 mil toneladas. Já o cimento teve alta de 49,3%, de 39,7 mil toneladas para 63 mil e foi um dos produtos que, juntamente com algumas mercadorias importadadas, contribuiu para que o porto não fechasse o semestre com um resultado ainda pior. Ao todo, os dois portos movimentaram 3,7 milhões de toneladas de janeiro a junho, contra 3,3 milhões no mesmo período do ano passado. Fonte: Jornal do Commercio 13/7/2006