SANTOS - Os terminais especializados em contêineres do Porto de Santos vão desenvolver estudos para otimizar o fluxo de carretas oriundo das suas operações. Os levantamentos vão abordar alternativas para as filas de caminhões no sistema viário do complexo, a possibilidade de se agendar a entrega e a retirada de contêineres e mudanças na operação das unidades vazias.
A negociação com as empresas do cais está sendo conduzida pelo secretário de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, Sérgio Aquino, que coordenou, na última quarta-feira, uma reunião com os operadores do segmento, no sentido de otimizar as respectivas operações de forma conjunta com o trabalho dos caminhoneiros.
Segundo o secretário municipal, ficou definido que cada operador de contêiner terá que apresentar, em reunião prevista para a próxima semana, as ações que pretende adotar para reduzir as filas no complexo. ‘‘São medidas que estão focadas em questões operacionais e de fiscalização. A gente quer também que, quando ocorrerem as filas, que haja um sistema de gerenciamento entre os caminhões e os pátios regulares’’, defendeu.
Sobre a entrega e a retirada de cofres destes terminais, Aquino disse que caberá a estas empresas a execução de uma programação. ‘‘Ao invés de todos virem de uma vez só, é muito possível que se possa criar uma escala, um cronograma. Os terminais ficaram de trazer suas hipóteses para isso e os prazos de implantação que eles consideram factíveis’’, anunciou.
Por fim, o grupo definiu que há a necessidade de criação de um sistema de chamada de caminhoneiros que operam as unidades vazias nos respectivos terminais. ‘‘Pode ser um sistema similar ao de táxi em aeroportos. Você chega à medida que o contêiner está pronto para ser retirado. Aí você é chamado para o serviço’’ explicou o secretário.
Quando os terminais tiverem suas análises e programas definidos, os sindicatos que representam o segmento caminhoneiro serão convidados para debater as estratégias. ‘‘Eles vão ser chamados porque é importante discutir as questões operacionais com os motoristas. Desses encontros podem surgir, inclusive, as oportunidades para a criação de um ambiente propício às cláusulas econômicas’’, analisou Aquino, referindo-se ao pedido dos condutores para um aumento no valor dos fretes.
Fonte:
A Tribuna
17/8/2006