Em Brasília, eles devem realizar uma carreata em direção ao Congresso Nacional, onde pretendem reivindicar a votação de três projetos de lei, em tramitação, sobre questões de segurança, tempo de direção e regulação da atividade.

Os transportadores esperam entregar aos presidentes da Câmara e do Senado um manifesto com as principais reivindicações. O documento Grito das Estradas foi elaborado pela Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, que coordena as manifestações.

A categoria ameaça paralisar as atividades, conforme as respostas que receber do governo e dos parlamentares após os protestos.

Projetos

Segundo a Agência Brasil, um dos projetos de lei disciplina o transporte de cargas e já foi aprovado pelas comissões da Câmara e Senado. Para virar lei é preciso a aprovação em plenário e a sanção presidencial.

Outro, na mesma situação, trata do controle de tempo de direção e destina à Polícia Rodoviária Federal o produto da arrecadação das multas aplicadas nas rodovias federais.

O terceiro é o projeto de lei complementar que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Cargas, favorecendo a atuação da Polícia Federal e a articulação com as polícias estaduais. O projeto aguarda aprovação da Câmara para ir ao Senado.

Frota

Durante a manifestação, os trabalhadores também devem abordar a questão do Programa de Modernização da Frota Brasileira de Caminhões. Em abril do ano passado, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) autorizou o destino de R$ 2 bilhões para financiamentos de compra de caminhões por caminhoneiros autônomos, micro, pequenas e médias empresas de transporte.

Pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional de Transportes) e pelo Centro de Estudos em Logística do Coppead/UFRJ aponta que a idade média da frota brasileira de caminhões era de 18 anos em 2002. De acordo com dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), a frota saltou de 18 milhões de veículos, em 1990, para 36 milhões em 2003.

Fonte: Folha Online