Interdição de ponte eleva fluxo em BRs
 
23/01/2006
A interdição da BR-153, no trecho entre a cidade de Prata e o Trevão, no município de Monte Alegre de Minas, está forçando os motoristas a desviar o seu trajeto pela MGT-497 e BR-365, passando por Uberlândia, o que praticamente dobrou o fluxo de veículos nestas duas vias. O trecho está fechado, desde a manhã de sábado, devido a problemas estruturais na ponte sobre o córrego Boa Vista, o primeiro depois do Trevão, no sentido Prata. De acordo com o policial rodoviário Mário José Lima, um dos pilares que sustentam a ponte cedeu e provocou uma depressão. Com isto, visando à segurança dos usuários da rodovia, o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal interditaram o trecho. O desvio aumenta a viagem em cerca de 100 quilômetros para quem vai de São Paulo a Goiás e vice-versa, além dos condutores que viajam entre as regiões Sul e Norte. Segundo o policial, o Dnit já tem conhecimento do problema e as providências devem começar a ser tomadas a partir de hoje. Ainda não se sabe o que causou a curvatura na ponte. Na opinião de Mário José, baseada na experiência profissional, pode ser a retirada da terra que sustenta os pilares pelas fortes chuvas dos dias anteriores. Mas, o laudo técnico é de responsabilidade de engenheiros do Dnit. Tanto no Trevão quanto no Prata, há faixas informando sobre a interdição da rodovia. Prejuízos O carreteiro Nelson Laux viajava ontem à tarde de Prata para Santa Helena (GO) transportando um tonel de leite. O percurso, que é de 300 quilômetros, passou agora para 400. Sem contar mais 50 quilômetros de desvio, indo por Quirinópolis, já que o trecho entre Itumbiara e Santa Helena está sem condições de trafegabilidade devido aos buracos. "Com isto, vou levar umas quatro horas a mais para chegar", lamentou. O caminhoneiro João Batista da Silva Marques é outro que precisou reabastecer o tanque de combustível e as próprias energias para enfrentar a viagem entre Canarana (MT) e São Paulo, com 100 quilômetros a mais. Ele transportava produtos congelados em um caminhão-baú. "A empresa vai ter que arcar com o prejuízo", disse ele, lembrando que, só no desvio, são consumidos cerca de 35 litros de óleo diesel a um custo de R$ 1,85, o litro.