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Entidades avaliam trecho paulista da BR-116 |
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06/02/2006 |
Nessa sexta-feira, 03/02, ele convidou representantes destas entidades para visitar o trecho paulista da BR-116, a rodovia Régis Bittencourt. É o principal corredor de ligação entre o Brasil e o Mercosul, que já justificou o apelido de rodovia da Morte, pelo alto número de acidentes causados por má conservação e falta de investimentos.
Por volta das nove horas um ônibus fretado pelo ministério saiu do km 287 de Itapecerica da Serra em direção à Barra do Turvo, divisa do Estado de São Paulo com o Paraná. Também acompanharam a viagem, engenheiros das empresas Delta e Brasil, responsáveis por obras naquele trecho.
Valente disse que o objetivo da viagem era colher as impressões dos convidados sobre o estado da rodovia. O ônibus foi parando em alguns locais para que as pessoas pudessem conhecer e diferenciar as obras realizadas no decorrer da atual gestão e as de caráter emergencial.
O apelido de tapa-buracos não combina bem com as operações emergenciais na Régis Bittencourt, nesta rodovia as obras contratadas sem licitação referem-se à contenção de encostas em três trechos.
Entre as iniciativas de manutenção e conservação, estão a troca de uma balança móvel para pesagem de carga por uma fixa, que deve começar a funcionar em 15 dias. Pelo menos duas passarelas estão sendo construídas para atender a demanda da população lindeira da rodovia como a de São Lourenço
Da esquerda: Vianna, Valente(olha relógio) e China (camisa azul) em frente ao trecho duplicado
Entidades avaliam trecho paulista da BR-116 a convite do secretário dos Transportes
Fonte:
Redação NTC Notícias
6/2/2006
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fotos: José Carlos Jorge - O governo Lula tem feito muito mais pelas estradas do que o Programa Emergencial de Trafegabilidade e Segurança nas Estradas (PETSE), operação mais conhecida como Tapa-buraco, iniciada em nove de janeiro deste ano. É isso que o secretário de Política Nacional dos Transportes, José Augusto Valente, quer mostrar às entidades do transporte rodoviário de cargas e de passageiros. Nessa sexta-feira, 03/02, ele convidou representantes destas entidades para visitar o trecho paulista da BR-116, a rodovia Régis Bittencourt. É o principal corredor de ligação entre o Brasil e o Mercosul, que já justificou o apelido de rodovia da Morte, pelo alto número de acidentes causados por má conservação e falta de investimentos.
Por volta das nove horas um ônibus fretado pelo ministério saiu do km 287 de Itapecerica da Serra em direção à Barra do Turvo, divisa do Estado de São Paulo com o Paraná. Também acompanharam a viagem, engenheiros das empresas Delta e Brasil, responsáveis por obras naquele trecho.
Valente disse que o objetivo da viagem era colher as impressões dos convidados sobre o estado da rodovia. O ônibus foi parando em alguns locais para que as pessoas pudessem conhecer e diferenciar as obras realizadas no decorrer da atual gestão e as de caráter emergencial.
O apelido de tapa-buracos não combina bem com as operações emergenciais na Régis Bittencourt, nesta rodovia as obras contratadas sem licitação referem-se à contenção de encostas em três trechos.
Entre as iniciativas de manutenção e conservação, estão a troca de uma balança móvel para pesagem de carga por uma fixa, que deve começar a funcionar em 15 dias. Pelo menos duas passarelas estão sendo construídas para atender a demanda da população lindeira da rodovia como a de São Lourenço
Obras de vulto
O governo federal gastou oito milhões de reais na restauração e no aumento da capacidade da Ponte São Lourencinho,o que permitiu que a ponte, construída na década de 1950, passasse a suportar um peso bruto total de 45 toneladas, contra o limite de 24 toneladas previsto pelo projeto original. A decisão foi tomada depois da queda de outra ponte no trecho paranaense da Régis Bittencourt, em 25 de janeiro de 2005, quando a colisão entre dois caminhões provocou o desabamento da ponte sobre a represa Capivari-Cachoeira. As obras da São Lourencinho duraram oito meses e foram concluídas em agosto de 2005.
Uma das mais importantes obras entregues pela atual gestão é a duplicação dos 18 quilômetros anteriores à Serra do Cafezal. Segundo Duílio Brito, engenheiro da empresa Brasil, empresa que toca a obra, a duplicação foi iniciada no governo Fernando Henrique Cardoso, mas foi embargada por problemas ambientais. Os trabalhos só foram retomados em 2003. O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), Geraldo Vianna, reconhece que no local havia um gargalo que impedia o tráfego de alguns caminhões.
Perigo
O gerente nacional de planejamento da empresa de transporte de passageiros Itapemirim, Aluísio Barbaru, afirma que o número de sinistros no trecho paulista da BR-116 tem diminuído de dez anos para cá, não somente pela melhoria viária, mas pelo gerenciamento de risco praticado pela viação. A empresa, por exemplo, estipula a velocidade máxima em trechos críticos, como na Serra do Cafezal, menor do que a determinada pelos órgãos rodoviários. O controle é feito por meio de um computador de bordo, que grava as informações do trajeto e emite relatórios.
Serra do Cafezal
Um dos trechos mais perigosos da BR-116, que precisa ser duplicado, é o situado na Serra do Cafezal, área de Mata Atlântica entre os quilômetros 336 e 367. O problema ficará para a iniciativa privada resolver, depois que a rodovia for entregue a uma empresa concessionária. De qualquer forma, a manutenção do trecho no sentido Curitiba- São Paulo deixa a desejar, há buracos na pista, pavimento irregular e placas de sinalização cobertas por mato crescido.
Prestação de contas
Valente disse que “estrada só existe quando tem problema”, por isso a decisão de chamar as entidades para avaliar o trabalho do governo federal e colher opiniões. Ao meio dia, a comitiva parou na Pousada do Herculano, propriedade de Antonio Herculano Filho, vice-presidente do Sindicam – SP (Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado de São Paulo), para almoçar e ouvir uma palestra do secretário.
Valente disse que logo que entrou em 2003, o governo Lula pegou obras paralisadas por falta de pagamento, e as que andavam estavam muito lentas. O Ministério tinha nas mãos apenas um milhão e 700 mil reais para aplicar nas estradas, porque o restante das verbas estava contingenciado, ou seja, os recursos haviam sido destinados exclusivamente ao pagamento de dividas contraídas na gestão de Fernando Henrique Cardoso entre 2000 a 2002, que somavam mais de um bilhão de reais. “2003 foi um ano perdido”, justificou ele.
A partir de 2004, o ritmo das obras aumentou porque as empresas haviam sido pagas.
Cide
Quanto à aplicação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), Valente explicou que dos sete bilhões e meio arrecadados anualmente, um bilhão e meio são DRU, ou seja, 20% desta receita é desvinculada, o governo pode usá-la para outros fins. Mesmo assim, o secretário garante que 87% dos recursos da Contribuição foram gastos em 2005 e que no ano de 2006 esse nível será mantido.
PPI - Projeto Piloto de Investimento
Um dos principais problemas enfrentados pelo Ministério dos Transportes e outros órgãos do governo está na retenção de recursos pelo Ministério da Fazenda para fazer superávit fiscal. Por isso, o Ministério dos Transportes sugeriu a implantação do PPI - Projeto Piloto de Investimentos, que livraria verbas do orçamento da possibilidade de contingenciamento, e ainda facilitaria o pagamento para empresas. Assim, por meio deste projeto, dez bilhões de reais poderão ser investidos neste ano. Para se ter uma idéia, em 2005 foram investidos três milhões e meio de reais.
Mais recursos menos estradas em 2006
Hoje o Dnit tem sob sua responsabilidade cerca de 40 mil km de estradas, com o anúncio da licitação de trechos de rodovias federais, na última quinta-feira, 02/02, que deve ser concluída ainda no primeiro semestre deste ano, cerca de 2600 km serão repassados para a iniciativa privada. Ou seja, neste ano, sobrarão mais recursos para o Dnit investir em uma malha rodoviária menor, o que faz Valente, acreditar que em 2006 muitos dos problemas das rodovias federais sejam sanados.
Valente garantiu ainda que no final de 2006 o governo Lula terá recuperado 15 mil km de rodovias contra 5 mil km do governo FHC.
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