Docas quer ampliar participação das microempresas
24/03/2006
Segundo o presidente da companhia, Antonio Carlos Soares, o objetivo é aumentar a eficiência. A informação é da Agência Brasil.
Cerca de 80% do volume de carga exportado pelo Brasil são feitos por 60 empresas, das quais somente 5,6% são do segmento de micro e pequenas empresas, enquanto nos Estados Unidos e Europa há uma participação média de 200 mil pequenas empresas que se utilizam da exportação. Segundo acredita Soares, nos próximos 40 a 60 meses serão realizadas as primeiras exportações resultantes do convênio entre a companhia e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), com base no instrumento "Exporta Fácil Marítimo".
"Então, quem produz no interior do estado não precisa vir mais ao porto. Basta ir à agência dos Correios e lá será feita a consolidação da carga, sem limite de volume, e a empresa vai transportar para o porto, barateando o custo da logística", informou o executivo.
Já está em prática o Exporta Fácil Aéreo, que é uma carga cara, limitada a 30 quilos, no valor de R$ 20 mil, argumentou o presidente de Docas. Ele esclareceu que o Exporta Fácil Marítimo, ao contrário, não estabelece limitação nem de valor, nem de peso ou volume.
"Você vai levar o porto ao interior do estado e do país. O produtor não precisa mais sair da sua cidade para vir ao porto. Ele vai tratar disso na Empresa de Correios e Telégrafos, que tem uma grande capilaridade porque está presente em todos os municípios brasileiros. Isso, certamente, vai contribuir para o barateamento do custo de logística", acrescentou.